Para realizar, basta acreditar

O maior desafio de todos nós é viver para nós, de acordo com nossos próprios sonhos, com nossos próprios desejos. Enquanto vivemos em uma sociedade midiática que nos puxa para o externo, valorizando a exposição excessiva, as arenas onde tudo é contado, onde tudo é mostrado, mais e mais o que entendemos como plano espiritual nos faz ficar em nós mesmos, mostrando-nos - não diretamente, no entanto, pois utiliza exatamente a forma contrária do que anda sendo feito em nosso campo físico - a permanecermos em nós, a trabalharmos em nós, para nós. E não para mostrarmos, não para nos expormos, não para nos vangloriarmos de nossos feitos, mas para nos realizarmos como seres, como almas (na falta de melhor vocábulo) que somos.

Quando trabalhamos nossos talentos e valorizamos nossas habilidades, mais e mais nos satisfazemos e encontramos a felicidade que a sociedade insiste (sim, ainda insiste) em dizer que não existe. Só não existe felicidade no externo. No interno, é só o que existe.

Mais e mais as pesquisas nos mostram que a felicidade existe exatamente onde não pensamos existir, em sociedades que não estão seguindo os modelos mais chamativos, por pessoas que estão se seguindo, ao invés de seguir aos super stars estampados em capas e manchetes da mídia.

Ao seguirmos nosso caminho pessoal, lá a vemos...a árvore frondosa da felicidade, com seus galhos sorridentes, acenando para nós, como se dissessem “bem-vindo, bem-vinda, estamos aqui por você”. Esse gosto é pessoal, essa mensagem é pessoal. E nada há de romântico aqui. Apenas real. Pois a vida conversa conosco o tempo todo.

É necessário, portanto, participar do movimento sutil de chamarmos uns aos outros para nós mesmos. Mas com sabedoria e amor. E fazermos nossa parte em relação a nós mesmos, convidando-nos para a sala de nosso próprio templo.

Nem religião, nem credo, nem líderes, farão por nós o que nós mesmos temos – e podemos – fazer. Perguntar-nos que caminho seguir, o que fazer, e seguirmo-nos – confiantes e amorosamente – é o que nos permite uma vida venturosa, uma jornada fantástica.

E apenas conscientes disso é que entendemos que cada chamado problema é apenas desafio em nosso exercício de ser, em nossa prática de autoconhecimento, e que nos permite mais risos, mesmo no meio do pampeiro que aparentemente parece nos envolver. E esse riso é o truque que desfaz o nó, entregando-nos e permitindo-nos receber os frutos de nossa vitória. Pessoal.

Nossos antigos já nos falaram, nossos livros já nos contaram, nossos supostos líderes já nos mostraram com seus exemplos, para realizarmos os nossos desejos basta acreditarmos. Esse trunfo é pessoal, não tem a ver com ninguém, apenas conosco mesmos.



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